sábado, 10 de setembro de 2011

O homem que amou

 
Fugiu, sumiu, caiu, ouviu
Afogou, libertou, agasalhou, pairou
Partiu, faliu, sucumbiu, abriu
Liberou, sacaneou, expulsou, comandou.

Ele fez tudo que conseguiu,
Tanto, mas tanto, que cansou
Iniciou no mês de Abril
Não deu certo, não ensaiou.

Contou histórias desse Brasil.
Falou de vida, como caçou
Liberdade vã, cristão vil
Toda caça da humanidade encerrou.

Explicou-nos como conseguiu.
Morreu de amor e dele encarnou.
Conheceu um coração frio
Onde uma mulher o apunhalou.

Reapareceu com mágoas mil.
Assombrado com tudo que encontrou.
Do amor, o coração feriu.
Ele amou, depois voltou.

Olhou janela a fora, saiu.
E não percebendo o cansaço, desabou.
Caiu em meio ao jardim, dormiu.
E o homem apaixonado, sonhou.

No sonho, armazenado num barriu
Todo o amor que ele deu, mofou.
Acreditou que estivesse frio
O que sempre ele doou.

Velou a morte do seu amor, no frio.
Viu como seria importante guardar, olhou.
E entendeu que o mofo diminuiu.
A esperança de o amor renascer brotou.

Ele sorriu, abriu o barril, sumiu!
O amor dali saiu, evaporou.
E mais uma vez, uma dor céu-anil,
Do homem apaixonado, desabrochou.

Mesmo em sonho, caiu.
Voltou à realidade, levantou.
Percebendo que a esperança em sonho destruiu
O homem amante, simplesmente, chorou.

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