quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lua de Libra

Quando tu quiseres calmaria, serei tempestade
E se quiseres molhado, o seco serei.
Quando tu quiseres corrupção, serei lealdade
E se quiseres total silêncio, falarei


Quando tu quiseres o invés, partirei do igual
E se quiseres eunuco, serei a pura virilidade
Quando tu quiseres o pouco, farei o geral
E se quiseres auréola, a pura maldade.

Se Lúcifer fez mal, eu fiz péssimo
Se Gandhi fez bem, eu não sei a quem
Falo de séculos, do décimo
e depois de tanto, não amei ninguém.


Sou luz negra vivendo a frente do passado
Sou a parte oculta de um mundo transparente
Sou vivo da morte, corredor em inércia
Parente dos desconhecidos, dadaísta romântico.


Porque quando tu quiseres partido, serei o todo.

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