O grafite experimenta o sabor da folha
E dela respira um ar de ventos loucos
Junto da ponta que rabisca uma bolha
esfarela-se tinta negra marota
E dela respira um ar de ventos loucos
Junto da ponta que rabisca uma bolha
esfarela-se tinta negra marota
O artista não sabe por onde começar
Criar sua obra, sem medo de conseguir
Plagiar ideias de sua outra idade, voltar
A infância dele agora é aqui
Criar sua obra, sem medo de conseguir
Plagiar ideias de sua outra idade, voltar
A infância dele agora é aqui
A folha fita-o esbranquiçada
Ele responde molhando-a com lágrimas
Está triste, estupefato para a alçada
Do voou de folhas cálidas
Ele responde molhando-a com lágrimas
Está triste, estupefato para a alçada
Do voou de folhas cálidas
Agora o artista não difere folha de folha
Perdeu a noção. Verde ? Branca ?
está sem escolha
O lápis ainda corre, seus dedos na dança
Perdeu a noção. Verde ? Branca ?
está sem escolha
O lápis ainda corre, seus dedos na dança
E aquela bolha, do início do poema
Desvirtua-se com a gota prateada
O real e arte em emenda
A lágrima e a negra bolha agora em cavalgada
Desvirtua-se com a gota prateada
O real e arte em emenda
A lágrima e a negra bolha agora em cavalgada
Surpresa surreal
“Como pode meu desenho enrolar meu pranto?”
Artista simples, de mania sentimental
Não entente como sua arte pode ser tanto
“Como pode meu desenho enrolar meu pranto?”
Artista simples, de mania sentimental
Não entente como sua arte pode ser tanto
Pensou e chorou mais
Quebrou o grafite, amassou a folha
Na longa caminhada aos pés do louco cais
arremessou ao mar a bolha
Quebrou o grafite, amassou a folha
Na longa caminhada aos pés do louco cais
arremessou ao mar a bolha
Mas diferente daquelas que lhe despertaram confusão
A branca não veio cálida. O vento levou
O Artista notou, com a folha ainda em lágrimas, que a arte é pura emoção.
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