quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Morrer sem medo

A morte não é bem vista nem bem quista pela maioria das pessoas.
Podemos considerar que o fim de uma vida é triste. Podemos ainda falar que foi um fim de uma grande trajetória de sucesso. O fato é que todo mundo que morre perde os defeitos, isso para o povo que usa a tal máscara social.
Já reparou como isso é frequente? Um estelionatário morre e acabam chamando-o de Robin Hood. Um traficante morre e surge que ele dava dinheiro para os pobres. Um político corrupto morre e só então a gente começa a ver as coisas de boa que ele fez, que com certeza, não eram pelo real motivo que deveriam ter sido feitas. Mesmo as pessoas dando graças a uma morte que, para ela, foi justa. Em suma, depois de mortos podemos, ou não, perder nossa real imagem. Mas de onde se vem isso? Talvez do fato de que é bem difícil nos mostrarmos de verdade. Temos receio disso, daquilo. Ou até, sermos modificados pela mídia, porque a nossa imagem que vai convir a ela é aquela que ela transmite.
Somos alvo da mídia. Imagem rabiscada por linhas do tempo para só com mais tempo, percebermos que tudo está acabando, e enfim, parar de respirar.
As religiões têm definições bem diferentes da morte. O catolicismo acredita num purgatório. Um lugar onde se pode pagar por pequenos pecados e depois viver eternamente no reino dos céus, depois do julgamento divino. Já os evangélicos creem piamente que o purgatório não existe. Ou céu, ou inferno, também decidido em julgamento. Apenas uma vida. O espiritismo crê na reencarnação. Podemos viver a morrer várias vezes, acumulando conhecimento para o crescimento do espírito. Sem inferno. Tudo isso não passa de teorias. Por mais que diga que a Bíblia é a palavra de Deus e quem dela duvidar irá sucumbir na ira do mesmo, eu duvido. Não tenho garantia alguma de que as teorias dela estão corretas. Por mais, também, que Allan Kardec afirme que teve contato com o mundo espiritual para sintetizar toda a doutrina do Espiritismo, também não posso acreditar, confiar.
A verdade é que, talvez nunca saibamos o que realmente é a morte, para onde iremos ou de onde viemos. Então, o melhor que eu posso fazer é fugir do que é errado. Viver minha vida numa linha correta e tranquila. Caso a Bíblia esteja certa, não existirá motivo para eu arder eternamente num fogo que queima e não consome. Caso o Espiritismo esteja correto, bom para nós, poderemos evoluir mais ainda. Caso eu simplesmente vire pó, serei um pó com certeza de que deixei coisas bem construídas, que vivi a vida bem vivida, e que meu legado vai ser bem maior que financeiro, vai ser amor distribuído, confiança atribuída, e a tudo eu dei o devido valor. 





Adeus, mortes religiosas!

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