quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Affê, tchê.


E se eu falar que foi tudo magnífico
ficarias impressionada por ser tudo?
E se ao invés de magnífico, surreal,
ficarias omissa e seguia a ouvir?

Eu não sei qual adjetivo usar
Para definir o tempo que passamos.
Nem sei decifrar o tamanho
do carinho que cultivamos.

Fugiremos um do outro?
Pairaremos num ar saudoso?
Ou simplesmente
Num esquecimento meio doloroso?

Meio... doloroso.
Será que nós sendo o todo
O meio seria um só?
Talvez. Meio doloroso.

Talvez.
Lembrar pode ser biscuit esverdeado
Mas esquecer, ah, esquecer
É frio ao meio-dia sertanejo.

Pelo menos... Meio difícil.

E se eu falar que aqui não tem escrita
E pedir para que entendas o motivo,
Tu falarias que perdi tinta
Ou que se emocionas com esse dolorido?

Retórica de despedida?
Soneto de romance?
Dadá de expulsão?
Não, pequena, não.

Palavras juntas, apenas
E se eu disser que eu não entendi o que escrevi?
Tu me faria entender ou
Me abraçarias para mostrar-me o quão bom é te ter?

Nenhum comentário:

Postar um comentário